Dissertação: As representações das professoras de educação infantil: o seu olhar, da equipe gestora, da APM e da família de um CMEI de Curitiba

Autora: Andressa Francine Paes Ribeiro

Orientadora:  Evelise Maria Labatut Portilho

Resumo: A presente dissertação faz parte da pesquisa realizada pelo Grupo de Pesquisa Aprendizagem e Conhecimento na Prática Docente, cujo foco é o estudo relacionado à aprendizagem humana. O objetivo desta dissertação é identificar e interpretar o conteúdo das representações que as professoras de Educação Infantil fazem delas como docentes e o conteúdo das representações sociais que a equipe gestora, APM e a família têm sobre o ser professora de Educação Infantil, tendo em vista que as representações sociais evidenciam a forma como as professoras descrevem, compreendem e reproduzem a sua profissão. Para fundamentar este estudo foramconsultados trabalhos de vários autores, entre eles: Moscovici (1978; 2009), Jodelet (2001); Vygotsky (2007); Pozo (2002; 2005); Pichon-Rivière (1998); Bardin (2009);Heidegger (2002); Bronfenbrenner (1996; 2011); Kramer (2003; 2011); KuhlmannJunior (2007); Oliveira-Formosinho (2001); Tardif (2002). Utilizando os pressupostos da visão fenomenológico-hermenêutica, esta pesquisa foi desenvolvida em um Centro Municipal de Educação Infantil de Curitiba, envolvendo 32 professoras, 187 representantes da família das crianças matriculadas no CMEI, 3 membros da equipe gestora e 1 representante da APM. Como instrumentos de pesquisa foram utilizados: entrevistas semiestruturadas; questionário e dois encontros reflexivos. Os dadosrevelaram que as representações sociais construídas no interior desse grupo se mesclam e são compartilhadas pelas professoras, educadoras e equipe gestora, objetivadas por uma opção pela docência remetida a estabilidade profissional, influência feminina e identificação com a criança pequena; por uma professora com características afetivas, priorizando em sua prática a rotina e o lúdico, necessitando para isso, formação voltada para a prática; por uma criança pura e inocente que precisa da família, de motivação, de afetividade e de uma professora comprometida para aprender; por uma imagem sobre o que a família espera dela, voltada para o cuidado com afetividade e desenvolvimento da criança. A família e a APM destacam a importância da formação profissional e esperam que a professora desenvolva as potencialidades das crianças, ensinando-as e preparando-as para o Ensino Fundamental. Constatou-se que, para este grupo, as representações sociais parecem se ancorar em um discurso formado historicamente, objetivando dimensões que se articulam desde a ascensão social com o ingresso na profissão, até a presença de aspectos afetivos, da figura materna e da mulher, de uma infância pura, inocente e práticas do educar e cuidar. A família percebe a professora como uma profissional docente, já as professoras parecem não se perceberem como profissionais da educação, mantendo-se na função pela estabilidade que o concurso público oferece, ficando atreladas a uma rotina rígida, que possivelmente as impede de aceitar inovações. Estas representações sociais não são estáticas e podem ser transformadas por meio de uma formação continuada que permita espaços para a professora discutir e refletir com seus pares, a realidade expressa no contexto específico.

Para ler a dissertação na integra, clique no link abaixo:

As representações das professoras de educação infantil: o seu olhar, da equipe gestora, da APM e da família de um CMEI de Curitiba 

 


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GAE

 

Grupo de Estudo
Este grupo de pesquisa iniciou suas atividades em 2004, compondo a linha Teoria e Prática do Programa de Pós Graduação Strito Sensu em Educação da PUCPR.
As primeiras pesquisadoras (Arlete, Evelise, Isabel, Laura, Simone e Sonia), seis psicopedagogas, tinham clareza e determinação com relação ao objeto de estudo – o processo de aprendizagem.
O primeiro projeto foi batizado com o nome O aprendente do seu aprender e do aprender do outro, que visava identificar e analisar as estratégias de aprendizagem das crianças da 1ª série do Ensino Fundamental, assim como os estilos de aprendizagem e ensino das professoras.
Em 2006, por necessidade de alinhamento ao programa, a mesma pesquisa passou a ser denominada Aprendizagem e Conhecimento na Formação Docente. A parceria com a Rede Municipal de Ensino de Curitiba o contato com 25 escolas, 403 crianças, 82 professoras alfabetizadoras e 77 ambientes educativos. Como conclusão do estudo, muitas dissertações de mestrado, trabalhos de conclusão, artigos em periódicos e eventos científicos foram apresentados, culminando com a publicação do livro – Alfabetização. Aprendizagem e Conhecimento na Formação Docente. Curitiba: Champanhat, 2011.
Em 2009 foi elaborado o segundo projeto de pesquisa – Aprendizagem e Conhecimento na Ação Educativa, com o objetivo de atender o segmento da Educação Infantil e conhecer as representações construídas pelas professoras sobre o seu papel docente. Este projeto obteve financiamento do CNPQ e da Fundação Araucária. Primeiramente, a pesquisa foi realizada em uma escola privada de Educação Infantil de Curitiba, que possibilitou o estudo piloto e a reorganização da metodologia. A segunda etapa, em nova parceria com a rede Municipal de Ensino de Curitiba, foi desenvolvida em um Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI). Esta pesquisa deu origem a vários artigos científicos, dissertações, trabalhos de conclusão de curso, desenvolvimento de material pedagógico e, a elaboração de um novo livro.
Em 2012 o grupo de pesquisadores se ateve a construção do terceiro projeto de pesquisa denominado – Aprendizagem e Conhecimento na Formação Continuada, cujo objetivo é promover espaços de intervenção na formação continuada de professores, para a ressignificação de suas aprendizagens como pesquisadores de suas práticas pedagógicas visando a potencialização da aprendizagem discente, na perspectiva da transformação da realidade complexa, nos diferentes contextos educativos. O projeto envolve a realidade educativa da Educação Infantil, Ensino Fundamental, Ensino Médio e Universitário.
Hoje, o GAE conta com mais de 20 pesquisadores, que se reúnem semanalmente, para estudar, refletir, discutir, construir, analisar conceitos, idéias, dados observados e vividos, no movimento desafiador de aprender no e com o grupo. Aprendizagem, ensino, escola, estratégias e estilos de aprendizagem e ensino, metacognição, formação de professores e ambiente educativo são temas privilegiados por este grupo.
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GEA
 
Grupo de Estudo
O GEA iniciou suas atividades em 2005, na PUCPR, com o objetivo de estudar o conceito e as pesquisas sobre aprendizagem na perspectiva de autores que privilegiam este processo nas suas pesquisas.
Os encontros acontecem semanalmente, tendo como premissa oferecer um lugar onde o desejo de estar junto para aprender seja o disparador do estudo sobre a aprendizagem humana.
Faz parte deste grupo alunos da graduação, especialização, mestrado, doutorado, assim como profissionais da Educação e
professores de diferentes áreas do conhecimento. Sem sombra de dúvida, é a diversidade de perfis dos integrantes que dá o “colorido” ao trabalho.
Na coordenação do GEA contamos sempre com a organização de um dos participantes, garantindo a qualidade dos trabalhos.
Neste espaço acontece a discussão dos temas, previamente selecionados e individualmente elaborados, que no grupo são ampliados e ressignificados, considerando as experiências e conhecimentos prévios dos participantes. São momentos de trocas que permitem repensar a prática e fundamentar a teoria que a sustenta.
A partir desta experiência grupal, pesquisas, livros, artigos em periódicos e livros, dissertações e teses, trabalhos de conclusão de curso são construídos.
É um grupo de estudo aberto à comunidade. Se você ficou com vontade de estar conosco, entre em contato fazendo um comentário ou encaminhando um e-mail.
Estamos lhe esperando!
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